CÂMBIO
Queda do dólar em 2025: confira as projeções econômicas atualizadas
A queda do dólar em 2025 tem chamado a atenção de investidores e Analistas ao redor do mundo.
Em meio a iminentes cortes de juros nos Estados Unidos, fluxos robustos de capital estrangeiro para o Brasil, superávit comercial consistente e uma guerra tarifária promovida pelo governo norte-americano, o real alcançou uma valorização expressiva frente à moeda americana.
Com projeções atualizadas e novos fatores econômicos no radar, entender esse movimento é essencial para quem busca se posicionar estrategicamente no mercado cambial.
Qual foi a desvalorização do dólar em 2025?
Um levantamento da Austin Rating revelou que o real foi a 8ª moeda que mais se valorizou em relação ao dólar no primeiro semestre de 2025.
A moeda brasileira registrou uma alta de 12,30% entre janeiro e junho deste ano. No início de 2025, a divisa americana era cotada em torno de R$6,18 e, em 30 de junho, encerrou o semestre em R$5,43.
Acompanhe como foi o fechamento mês a mês em 2025:
  • Janeiro: R$5,84, queda de 5,54% no mês, sendo 12 quedas consecutivas e a maior queda mensal em um ano e meio.
  • Fevereiro: R$5,92, alta mensal de 1,35%. 
  • Março: R$5,71, queda de 3,5% no mês e 7,7% no trimestre.
  • Abril: R$5,68, queda de 0,5% no mês. 
  • Maio: R$5,72, alta mensal de 0,72%.
  • Junho: R$5,43, a menor cotação desde setembro de 2024; queda de 2,32% no mês e 9,62% no ano.
Abrindo o segundo semestre, no fechamento de julho, o dólar subiu 3,08%, cotado a R$5,60, impulsionado pelo anúncio do aumento das tarifas, revertendo a tendência global de enfraquecimento da moeda americana.
Em agosto, o dólar enfraqueceu 3,19% em relação ao real. Esse movimento foi impulsionado pela expectativa de cortes nas taxas de juros dos EUA. 
Quais moedas mais se valorizaram frente ao dólar?
Ainda segundo a Austin Rating, entre 118 moedas pesquisadas, 71 delas (60,17%) ganharam valor frente ao dólar e 31 divisas (26,27%) se desvalorizaram. O restante das moedas analisadas ficaram estáveis.
O ranking das moedas que mais se apreciaram ante o dólar, acima do real, foram:
  • Cedi, de Gana (43,2%).
  • Rublo, da Rússia (37,4%).
  • Coroa sueca, da Suécia (16,7%).
  • Coroa norueguesa, da Noruega (14,9%).
  • Kwacha, da Zâmbia (14,8%).
  • Forint, da Hungria (14,2%).
  • Coroa tcheca, da República Tcheca (13,2%).
Historicamente, o Índice Dólar Americano (DXY) tende a enfraquecer com cortes de juros, tornando o dólar menos atraente. Contudo, em períodos de aversão ao risco global, o dólar recupera seu papel de ativo seguro.
O que está favorecendo a valorização do real em 2025?
O câmbio encerrou 2024 em alta, quando o orçamento público e o corte de gastos estavam em discussão, perspectiva que se manteve no começo do ano.
A princípio, não houve grande satisfação no mercado sobre o pacote anunciado pelo governo.
Além disso, pesava a incerteza sobre o início da gestão do novo presidente dos EUA, Donald Trump. A partir daí, vários fatores contribuíram para a queda do dólar.
Acompanhe as principais movimentações da moeda neste ano:
  1. Diferencial elevado de juros (carry trade): a Selic permanece em níveis altos (15% ao ano), atraindo fluxos de capital estrangeiro em busca de rendimentos superiores aos oferecidos em economias desenvolvidas. 
  2. Redução de juros pelo Fed: expectativa de cortes nas taxas de juros por parte do BC americano, o que frequentemente resulta na valorização do real frente ao dólar.
  3. Guerra tarifária: o governo dos EUA declarou uma guerra comercial ao impor alíquotas que variaram de 10% a 50% sobre produtos de parceiros como Brasil, China, União Europeia, Canadá e México, elevando incertezas globais e impactando moedas emergentes como o real.
  4. Fluxos robustos de capital estrangeiro: a forte entrada de recursos em ativos brasileiros, especialmente em títulos públicos e ações, aumentou a demanda por real e ajudou a sustentar sua valorização.
  5. Cenário externo desfavorável ao dólar: dados de inflação mais brandos nos EUA e a perspectiva de cortes de juros pelo Federal Reserve reduziram o apelo global do dólar. Além disso, a fraqueza global da moeda americana elevou a competitividade de moedas emergentes.
  6. Superávit comercial consistente: exportações brasileiras sólidas, sobretudo de commodities como grãos, minério de ferro e petróleo, têm gerado um fluxo constante de dólares, reforçando o câmbio favorável ao real.
  7. Emissão de dívida externa com sucesso: o Brasil realizou várias emissões de dívida em dólar em 2025, gerando confiança dos investidores estrangeiros e ajudando a aumentar a liquidez na moeda local.
Assim, um dólar mais fraco contribui para o controle da inflação, proporciona maior flexibilidade para o Banco Central do Brasil conduzir seu próprio ciclo de cortes na taxa Selic e melhora o balanço de empresas com dívidas em moeda estrangeira. 
Contudo, a trajetória do câmbio ainda permanece vinculada à percepção do risco fiscal doméstico.
Tendência para o dólar: quais são as perspectivas?
Apesar do cenário que discutimos até agora, os investidores e Analistas seguem adotando uma abordagem construtiva em relação à alocação cambial, priorizando a proteção também contra riscos domésticos.
Aqui estão alguns fatos e eventos que devem ficar no radar de investidores em relação ao mercado de câmbio em 2025:
  • Reunião do Fed: em 17 de setembro de 2025, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) realizará sua próxima reunião e a expectativa é que o Federal Reserve comece a reduzir as taxas de juros.
  • Dados da economia americana: essa decisão ocorre em um cenário de sinais mistos nos dados de inflação e atividade, preparando os mercados globais para uma reconfiguração significativa no fluxo de capital.
  • Indicações de Jerome Powell: no Simpósio de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Banco Central americano, indicou um possível ajuste na política monetária. Atualmente, o mercado precifica novos cortes de juros até o final do ano.
  • Incertezas internacionais: persistem incertezas no cenário internacional, sobretudo em relação à guerra tarifária e os seus desdobramentos, tanto na economia americana (dados de inflação e crescimento), quanto no impacto cambial.
  • Redução da Selic: decisões do BC brasileiro de reduzir a Selic podem afetar a atração de capital externo e pressionar o valor do dólar.
  • Cautela fiscal e fiscalização doméstica: receios quanto aos cortes de gastos, ao Orçamento de 2026 e a estabilidade fiscal do Brasil precisam ser acompanhados porque podem trazer maior volatilidade para o câmbio.
Dessa forma, o dólar em 2025 tende a se manter em patamares mais baixos frente ao real, graças ao diferencial de juros, expectativas de cortes nos EUA e fluxo de capitais.
Mas, isso dependerá da evolução de fatores externos (como tarifas e tensões geopolíticas) e da manutenção da disciplina fiscal interna.
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