INVESTIMENTOS
Mercado doméstico: estratégia e próximos passos para outubro
Setembro foi novamente um mês positivo para os mercados, tanto no Brasil quanto no exterior. Por aqui, o Ibovespa avançou 3,4% e o dólar recuou 2,0%. Após saídas líquidas de R$ 6,4 bilhões de investidores estrangeiros em julho, os meses de agosto e setembro registraram entrada de R$ 6,3 bilhões (até 29/09), acumulando saldo positivo de R$ 26,4 bilhões em 2025.
Um dos fatores que sustentaram esse movimento foi o corte de juros pelo Federal Reserve em 17 de setembro, o primeiro de 2025. Já no Brasil, o COPOM manteve a taxa Selic em 15,00%, sem apresentar novidades relevantes no comunicado e na ata. O time de macroeconomia do Santander destaca o trecho em que o BCB reconhece, ainda que com algum grau de cautela, a melhora do quadro de indicadores:
“há uma moderação gradual da atividade (...), certa diminuição da inflação corrente e alguma redução nas expectativas de inflação”.
Vale mencionar que tanto o posicionamento do BCB quanto os dados divulgados ao longo do mês não alteraram as projeções do consenso no âmbito da trajetória de política monetária, com o mercado ainda projetando o início do ciclo de cortes apenas em 2026.
Entre os indicadores, o IPCA de agosto (divulgado em 10 de setembro), registrou deflação de 0,11% m/m (+5,13% a/a), frente à expectativa de -0,15% m/m. O resultado, influenciado pelo bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica, é considerado pontual e não deve alterar a projeção de inflação acumulada de 4,81% para 2025 (de acordo com o último Relatório Focus do BCB, publicado dia 29). Em relação ao mercado de trabalho, o Caged apontou criação líquida de 147 mil vagas em agosto, abaixo das expectativas de 182 mil, mas ainda mostrando um mercado de trabalho aquecido.
Cenário Político
No âmbito político, a Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram no dia 17 a Medida Provisória (MP) 1.300/2025 do setor elétrico, garantindo desconto integral na conta de luz para cerca de 17 milhões de famílias de baixa renda com consumo de até 80 kWh mensais.
No último dia 24, foi apresentado o texto ajustado da MP 1.303/2025, que estabelece novas regras para a tributação de aplicações financeiras e ativos virtuais. O texto prevê manutenção da isenção de Imposto de Renda (IR) para debêntures incentivadas, CRIs e CRAs, porém instituição de alíquota de 7,5% de IR sobre LCIs, LCAs, LIGs, Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCDs) e Letras Hipotecárias (LHs). Também foi mantida na proposta a unificação da alíquota de IR em 17,5% para os demais ativos de crédito privado não incentivados.
Atualmente, esses ativos seguem a tabela regressiva do IR, com alíquotas que variam entre 22,5% e 15%, conforme o prazo do investimento. Para sua conversão em lei, será necessária ainda a aprovação do texto pelos plenários da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e a sanção presidencial até 11 de outubro, data em que a MP perde vigência.
Pauta-Chave: Imposto de Renda e o Encontro entre Lula e Trump
Ainda na esfera política, deve ser votado hoje (1º de outubro) o projeto que isenta de IR pessoas físicas com rendimentos mensais de até R$ 5 mil, com possibilidade de discussão sobre elevação do limite para R$ 7 ou 10 mil. Entre outros temas no radar, estão também a regulamentação do comitê gestor do IBS, o programa Gás para Todos e a MP responsável pela criação do plano Brasil Soberano.
Vale destacar ainda que, ao fim do mês (mais precisamente no dia 23), ocorreu o primeiro encontro entre Lula e Trump desde o início de seus mandatos atuais. Apesar de rápido e informal – apenas 38 segundos nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York –, o episódio ganhou relevância após Trump mencionar em seu discurso oficial uma “excelente química” entre os dois chefes de Estado, além de sinalizar a possibilidade de um novo encontro à frente.
Perspectivas e Pontos de Atenção
Entre os temas de destaque para as próximas semanas, vale lembrar que o COPOM se reúne apenas em 4 e 5 de novembro, com os investidores atentos à definição dos candidatos à presidência e à dinâmica do câmbio, fatores que podem influenciar as expectativas de inflação e a condução da política monetária local.
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