Ibovespa: 159 mil pontos, máxima histórica e tendências
INVESTIMENTOS
Ibovespa e mercados: nova máxima histórica e cautela global
Em novembro, os mercados globais interromperam a sequência de altas, mas sem apagar os ganhos acumulados ao longo do ano.
Por outro lado, o Ibovespa avançou 6,4% no mês e renovou a sua máxima histórica de fechamento, aos 159.072 pontos (28 de novembro), apoiado por fluxos pontuais de investidores estrangeiros e dados positivos de atividade e inflação no Brasil.
Ainda assim, o volume negociado em Bolsa permaneceu abaixo da média histórica, refletindo cautela típica de fim de ano e o maior interesse pela Renda Fixa por parte dos investidores locais.
No exterior, o S&P 500 e o Dow Jones fecharam próximos da estabilidade em novembro, enquanto o Nasdaq recuou 1,5%; na Ásia, os índices Nikkei (Japão) e Shanghai (China) recuaram 4,1% e 1,7%, respectivamente.
Entre as commodities, tivemos mais um mês de ganhos para o ouro, que subiu 5,6% (contrato futuro com vencimento em dezembro), cotado a US$ 4.218/Oz, acumulando alta de 53,8% no ano.
O petróleo (Brent), por sua vez, seguiu em trajetória baixista, recuando 2,8% no mês, cotado a US$ 63/barril, e acumulando perdas de 15,3% no ano.
Este último segue pressionado por um receio quanto ao quadro de oferta/demanda em 2026 e pelas altas da produção de petróleo anunciadas ao longo de 2025 pela Opep+, apesar de a última reunião da organização ter sinalizado manutenção da produção para o 1T26.
Entre os indicadores no Brasil, destaque para o IPCA de outubro, que registrou uma desaceleração para 0,09% m/m (vs. estimativas de 0,14% m/m), acumulando alta de 3,73% no ano e 4,68% nos últimos 12 meses.
No último mês, a principal contribuição positiva veio do grupo de Vestuário, que avançou 0,51%, enquanto o subitem energia elétrica residencial (grupo de Habitação) registrou queda de 2,39%, contribuindo para a desaceleração do índice.
Já o CAGED, divulgado mais ao fim do mês, mostrou criação de vagas no mercado formal de trabalho abaixo do esperado em outubro: 85 mil vs. estimativas de 120 mil.
No dia 14 de novembro, o time de macroeconomia do Santander revisou suas principais projeções, reduzindo o IPCA de 2025 e 2026 para 4,4% (vs. 4,7% anteriormente) e para 3,9% (vs. 4,2%), respectivamente, assim como a taxa Selic de 2026 para 12,50% (vs. 13,00%).
“Esperamos quatro cortes de 50 bps seguidos por dois cortes de 25 bps, encerrando o ano com a Selic em 12,50%. Esse patamar seguiria contracionista, nas nossas estimativas, condizente com as incertezas que persistirão à frente”.
Por outro lado, as projeções do PIB, câmbio e taxa Selic (para 2025) permaneceram inalteradas.
Em Brasília, tivemos a aprovação do Projeto de Lei nº 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, entrando em vigor a partir de janeiro de 2026. 
O texto também estabelece um desconto no IR para rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350 e, para compensar a redução de arrecadação, haverá uma alíquota progressiva de até 10% para as pessoas que recebem mais que R$ 600 mil por ano.
Além disso, a Lei nº 15.269/2025, originada da Medida Provisória nº 1.304, que trata da reforma do setor elétrico, foi sancionada no dia 24 de novembro.
O texto original, porém, teve mais de dez vetos presidenciais, entre eles o dispositivo que previa a possibilidade de ressarcimento, via encargos, do “curtailment”.
Para o mês de dezembro (antes do início do recesso parlamentar, que se inicia em 23 de dezembro e vai até 1º de fevereiro), são aguardadas diversas pautas, com destaque para as votações do Orçamento de 2026 e do PLDO.
Na pauta corporativa, a temporada de balanços do 3T25 encerrou-se no dia 14 de novembro no Brasil.
Para as empresas sob cobertura do Santander Research, o trimestre registrou alta de 9% a/a da receita líquida e de 5% a/a do EBITDA, enquanto o lucro líquido teve queda de aprox. 9% a/a.
De modo geral, os nomes domésticos continuaram a apresentar desempenho superior ao do setor de commodities.
Por outro lado, vale mencionar a leve desaceleração apresentada pelas companhias de perfil local (EBITDA aumentou 9% a/a no 3T25 vs. 10% no 2T25), enquanto o setor de commodities retomou o crescimento (EBITDA registrou alta de 2% a/a no 3T25 vs. -6% no 2T25).
Por outro lado, vale mencionar a leve desaceleração apresentada pelas companhias de perfil local (EBITDA aumentou 9% a/a no 3T25 vs. 10% no 2T25), enquanto o setor de commodities retomou o crescimento (EBITDA registrou alta de 2% a/a no 3T25 vs. -6% no 2T25).
No campo internacional, a expectativa para a reunião de dezembro do Federal Reserve continua ditando o humor dos investidores globais.
Embora o corte de 25 bps realizado em novembro tenha sido amplamente antecipado, a sinalização mais cautelosa do presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou a incerteza sobre uma nova redução nos juros.
No fim do mês de novembro, porém, o consenso do mercado voltou a considerar um último corte de 25 bps em 2025.
Para além da política monetária, o temor com uma bolha no segmento de Inteligência Artificial trouxe volatilidade aos nomes ligados ao setor. 
Entre os eventos mais esperados ao longo do mês, estavam os balanços do 3T25 das Big Seven (Alphabet, Amazon, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla). Apesar de, na média, as empresas terem apresentado resultados acima do esperado, isso não foi o suficiente para dissipar as preocupações do mercado.
Na noite do dia 12 de novembro, após paralisação de 43 dias do governo norte-americano, a Câmara dos Representantes aprovou o projeto de lei que garante o orçamento federal até 30 de janeiro de 2026. Poucas horas depois, o presidente Donald Trump sancionou o projeto, encerrando oficialmente o shutdown
Vale lembrar que durante os 43 dias, diversas agências públicas operaram parcialmente ou ficaram paralisadas, causando atrasos em serviços e adiamento na divulgação de indicadores oficiais.
Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Levitt, os dados de inflação (CPI) e do mercado de trabalho (payroll) referentes ao mês de outubro “provavelmente nunca” serão divulgados. Isso ocorre porque o órgão responsável por esses dados, Bureau of Labor Statistics (BLS), interrompeu a pesquisa domiciliar durante o período de paralisação do governo.
Ainda no âmbito internacional, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou no último dia 20 a retirada da tarifa adicional de 40% para uma série de produtos brasileiros, incluindo café, carne bovina, fertilizantes, diversas frutas e vegetais
A medida tem efeito retroativo, valendo para uma lista de mais de 200 produtos que chegaram aos EUA a partir de 13 de novembro. A decisão sucede meses de negociação entre os dois países, visando um acordo para reduzir as tarifas de importação implementadas pelo governo Trump neste ano.
No campo geopolítico, 2025 caminha para se encerrar sem uma resolução à Guerra na Ucrânia.
O presidente Trump havia estabelecido o dia 27 de novembro como uma data-limite para se chegar a um acordo de paz, mas diante da falta de consenso com os termos do acordo, estabeleceu-se a continuidade dos diálogos sem prazo definido.
Em dezembro, a pauta de política monetária terá papel central, com os anúncios do FOMC e COPOM previstos para o mesmo dia: quarta-feira, 10.
Nos EUA, o mercado atualmente projeta um corte de 25 bps (87% de probabilidade, segundo a ferramenta de acompanhamento do CME Group), o que, se confirmado, levaria os Fed Funds para o patamar de 3,50-3,75%. 
Por outro lado, o consenso de mercado projeta manutenção da taxa Selic no patamar de 15,00% no Brasil, com o primeiro corte materializando-se apenas no 1º bimestre de 2026.
No âmbito político, as pautas pré-recesso parlamentar em Brasília também deverão ser acompanhadas de perto, a exemplo das votações do Orçamento de 2026 e do PLDO, além da apreciação pelo Senado do nome de Jorge Messias, indicado a assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF); enquanto nos EUA, indicadores econômicos – especialmente após os adiamentos ocorridos durante o shutdown do governo – também ajudarão a balizar o consenso de mercado quanto à trajetória de política monetária.
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